Puff, já eras! surge a piscar em letras grandes e luminosas no teu cérebro e sabes que estás perdida(mente apaixonada)...
E nesses primeiros dias flutuas de tal forma que os 8 centímetros que tens debaixo dos pés mal tocam a calçada. Ficas meio tonta, com o sorriso assim sempre de viés no rosto, a condizer com a pele impecável (pois, pois...) e os olhos brilhantes.
Aquelas máximas que andaste não-sabes-quanto-tempo a enfiar na cabeça para não te magoares, frases como Expectativas? Baixaaas... desaparecem para uma caixa perdida nos confins do cérebro.
Mas baby... talk is cheap, e já tens mais que idade para perceber isso.
À primeira, o becs becs becs que tanto te enlevou... desaparece. Se não por inteiro, perto disso. Porquê? Porque fazia parte da caçada, e essa já terminou; fácil ou não, eras a presa, e já estás apanhada.
E de repente, tu, que eras divina e maravilhosa, que tinhas uma inteligência aguçada que te fazia senhora e rainha da sensualidade, passas a ver-te tão cheia de defeitos, que ou ele é o maior génio à face da terra e descobriu em semanas o que ninguém viu em anos... ou algo está realmente errado. E é com ele. Só que tu estás apaixonada certo?
E assim isso vai passando entre as gotas da chuva.
E à primeira dificuldade, ao primeiro grande senão... ele salta fora. Oi? Sim, fora. Quando dás por ti, já ele está a milhas.
Não estou a perceber... Não queria ir viver contigo?
Queria...
Então? E não estava sempre a falar no futuro?
Estava...
Mas já não está.
É mais fácil dares de frente com homens cheios de fobias de relacionamento, do que com estes. São mais raros, disfarçam bem, iludem. São absolutamente mais perigosos. E é assim que as tuas cicatrizes aumentam. E que a tua experiência cresce. É assim que te tornas mais forte. Tiras da vida mais uma grande lição; quem muito fala, pouco acerta.
1 comentário:
love it love it.
Mas amor da minha vida: há alguém para ti <3
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