Porque só quem caminha com os nossos sapatos é que sabe. Porque não há nada melhor que caminhar descalça.
30 de dezembro de 2009
3 de dezembro de 2009
27 de novembro de 2009
12 de novembro de 2009
5 de novembro de 2009
31 de outubro de 2009
29 de outubro de 2009
Presente
Passamos pela vida em permanente estado e em consecutiva repetição de uma frase que me deixa sem sentido…
“Faço isto pelo meu futuro."
Esta e outras variantes têm sido o meu discurso, não digo nos meus últimos 26 anos, porque nascemos com a bênção da ignorância, mas vá… nos últimos 15. E olho à minha volta e vejo o mesmo; as minhas pessoas e as pessoas alheias em conformação permanente de que vivem o presente a preparar o futuro.
O que é, então, feito do meu presente? E não é irónico que a própria palavra PRESENTE, que significa dádiva, seja completamente o oposto daquilo que sentimos com o nosso?
Páginas tantas andamos mesmo pela vida a não usufruir desta dádiva que é o Presente de todos os dias, a pensar num futuro que não conhecemos? A planeá-lo sabendo a priori que nunca vai ser como sonhamos? Como gostaríamos?
Qual é a lógica então, de sair de casa todas as manhãs, e não parar e sorrir ao nascer do sol…? Não olhar com olhos de ver para a dádiva que isso é, e, em vez disso, fazer dela uma banalidade?
Porque é que chegamos a casa e estamos tão cansados para dar valor ao presente que o presente nos dá? Aos amigos de sempre (um presente do passado), aos que fazemos de novo (um presente do presente), à nossa família (um presente de sempre)…
Porque é que temos que passar pela vida a olhar tanto para a frente com medo de o perder, com medo de não chegar a fazer, com medo de não ter como fazer, e acabamos na verdade por passar uns pelos outros e pelo presente, com uma pressa infinita, uma insatisfação constante, uma leveza e uma indiferença, como se este dia fosse só mais um e houvessem tantos?
E como é que chegámos a um ponto em que já ninguém sabe como parar para sentir?
Hoje li uma frase que me tocou e me levou a este texto. Foi escrita por Michel de Montaigne e dizia que abandonar a vida por um sonho é estimá-la exactamente por quanto ela vale.
Que é feito, então, dos nossos sonhos?
I do not speak the minds of others except to speak my own mind better.
de Montaigne
“Faço isto pelo meu futuro."
Esta e outras variantes têm sido o meu discurso, não digo nos meus últimos 26 anos, porque nascemos com a bênção da ignorância, mas vá… nos últimos 15. E olho à minha volta e vejo o mesmo; as minhas pessoas e as pessoas alheias em conformação permanente de que vivem o presente a preparar o futuro.
O que é, então, feito do meu presente? E não é irónico que a própria palavra PRESENTE, que significa dádiva, seja completamente o oposto daquilo que sentimos com o nosso?
Páginas tantas andamos mesmo pela vida a não usufruir desta dádiva que é o Presente de todos os dias, a pensar num futuro que não conhecemos? A planeá-lo sabendo a priori que nunca vai ser como sonhamos? Como gostaríamos?
Qual é a lógica então, de sair de casa todas as manhãs, e não parar e sorrir ao nascer do sol…? Não olhar com olhos de ver para a dádiva que isso é, e, em vez disso, fazer dela uma banalidade?
Porque é que chegamos a casa e estamos tão cansados para dar valor ao presente que o presente nos dá? Aos amigos de sempre (um presente do passado), aos que fazemos de novo (um presente do presente), à nossa família (um presente de sempre)…
Porque é que temos que passar pela vida a olhar tanto para a frente com medo de o perder, com medo de não chegar a fazer, com medo de não ter como fazer, e acabamos na verdade por passar uns pelos outros e pelo presente, com uma pressa infinita, uma insatisfação constante, uma leveza e uma indiferença, como se este dia fosse só mais um e houvessem tantos?
E como é que chegámos a um ponto em que já ninguém sabe como parar para sentir?
Hoje li uma frase que me tocou e me levou a este texto. Foi escrita por Michel de Montaigne e dizia que abandonar a vida por um sonho é estimá-la exactamente por quanto ela vale.
Que é feito, então, dos nossos sonhos?
I do not speak the minds of others except to speak my own mind better.
de Montaigne
22 de outubro de 2009
O Que Falta ao Tempo
Vais pela vida procurando adquirir experiência, tentando não tropeçar em nenhuma pedra que te magoe; convencido de que a sabedoria da idade adulta te protegerá dos erros. E, de, súbito, aparece, do nada, um sonho. E tu, que já não acreditas nele, agarras-te desesperadamente à sua cauda tentando que no seu voo te eleve e assim sentires por escassos segundos que estavas enganado, que pode ser verdade. Que podes sobrevoar a plana realidade; que esse sonho te salvou dessa perfeita e estúpida morte em vida que foste criando ano após ano. Não, a ingenuidade não era só um mal de juventude. Era a pior doença da velhice.
Ángela Becerra
Ángela Becerra
28 de setembro de 2009
Just Breathe
(Ao Francisco)
Yes I understand that every life must end, aw huh,..
As we sit alone, I know someday we must go, aw huh,..
I’m a lucky man to count on both hands
The ones I love,..
Some folks just have one,
Others they got none, aw huh,..
Stay with me,..
Let’s just breathe.
Practiced are my sins,
Never gonna let me win, aw huh,..
Under everything, just another human being, aw huh,..
Yeh, I don’t wanna hurt, there’s so much in this world
To make me bleed.
Stay with me,..
You’re all I see.
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one knows this more than me.
As I come clean.
I wonder everyday
as I look upon your face, aw huh,..
Everything you gave
And nothing you would take, aw huh,..
Nothing you would take,..
Everything you gave.
Did I say that I need you?
Oh, Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one know this more than me.
As I come clean.
Nothing you would take,..
everything you gave.
Hold me till I die,..
Meet you on the other side.
PJ
Yes I understand that every life must end, aw huh,..
As we sit alone, I know someday we must go, aw huh,..
I’m a lucky man to count on both hands
The ones I love,..
Some folks just have one,
Others they got none, aw huh,..
Stay with me,..
Let’s just breathe.
Practiced are my sins,
Never gonna let me win, aw huh,..
Under everything, just another human being, aw huh,..
Yeh, I don’t wanna hurt, there’s so much in this world
To make me bleed.
Stay with me,..
You’re all I see.
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one knows this more than me.
As I come clean.
I wonder everyday
as I look upon your face, aw huh,..
Everything you gave
And nothing you would take, aw huh,..
Nothing you would take,..
Everything you gave.
Did I say that I need you?
Oh, Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one know this more than me.
As I come clean.
Nothing you would take,..
everything you gave.
Hold me till I die,..
Meet you on the other side.
PJ
27 de setembro de 2009
14 de setembro de 2009
7 de julho de 2009
MJ
In our darkest hour
In my deepest despair
Will you still care?
Will you be there?
In my trials
And my tribulations
Through our doubts
And frustrations
In my violence
In my turbulence
Through my fear
And my confessions
In my anguish and my pain
Through my joy and my sorrow
In the promise of
Another tomorrow
I'll never let you part
For you're always in my heart.
In my deepest despair
Will you still care?
Will you be there?
In my trials
And my tribulations
Through our doubts
And frustrations
In my violence
In my turbulence
Through my fear
And my confessions
In my anguish and my pain
Through my joy and my sorrow
In the promise of
Another tomorrow
I'll never let you part
For you're always in my heart.
3 de julho de 2009
Tradição
Nota: Video enviado via e-mail. O meu objectivo ao colocá-lo neste blog é a sua divulgação, não tendo por isso qualquer intenção de plágio. Simplesmente achei importante a sua mensagem, cujo conteúdo, mesmo chocante, leva a pensar. Serão apenas eles os bárbaros? A vida animal é menos significativa que a humana? Eles sentem, como nós.
23 de junho de 2009
daddy cool
aa
aa
aa
o meu pai comprou, por iniciativa própria, uns merrel. ah! aposto que há p'raí muita gente a querer um pai cool como o meu...
aa
aa
p.s.- 37 horas após ter sido tirada esta fotografia, ele decidiu adquirir, por sua conta e risco, umas fabulosas birkenstock. estou tão orgulhosa...
18 de junho de 2009
humm...
Chamaram-lhe o Pensamento do Dia. Aposto que há p'aí maltinha a pensar assim à anos...
(Again, um tesourinho via email... Pergunto-me se a Nicola vai gostar disto...)
(Again, um tesourinho via email... Pergunto-me se a Nicola vai gostar disto...)
15 de junho de 2009
A Posição
Muito de vez em quando, há emails que valem a pena... O texto que se segue chegou até mim por esta via, e é um deles.
Não espero que os homens o percebam, ou achem especial piada (mas digo já que um homem que se consiga rir deste texto é um homem especial....), mas eu ri-me muito. Mais do que isso, eu ri-me muito HOJE, véspera de frequência de Economia. Quem me conhece sabe perfeitamente o que quero dizer. Porque hoje apetece-me é chorar, tal é o meu grau não só de conhecimento económico, mas de pensamento económico (para mim, economia é ir aos saldos, por isso já estão a perceber...).
Adiante, que me estou a dispersar. Este é um texto de uma mulher (ou de um homem com elevado grau de sensibilidade e humor), para as mulheres... Porque vocês, homens, fazem xixi de pé, e não fazem puto de ideia do que isto é...
*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*
O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita. Finalmente instruía-te:
"Nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"
E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.
Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de“tou aqui tou-me a mijar!”. Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!).
Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados. Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.
Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa… Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!! Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de…
Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te“na posição”… AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço! Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça
*“Nunca te sentes numa sanita pública”*,
e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!! Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!
E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).
Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota! Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)….
Estás exausta! Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante!
Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso – e sais…
Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.
“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.
“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.
E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta, e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.
*Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas!
(e como não podia deixar de ser, no final deste texto/email diz:)
Passa isto aos desgraçados dos homens que sempre perguntam “querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho?” …. IDIOTAS!*
Não espero que os homens o percebam, ou achem especial piada (mas digo já que um homem que se consiga rir deste texto é um homem especial....), mas eu ri-me muito. Mais do que isso, eu ri-me muito HOJE, véspera de frequência de Economia. Quem me conhece sabe perfeitamente o que quero dizer. Porque hoje apetece-me é chorar, tal é o meu grau não só de conhecimento económico, mas de pensamento económico (para mim, economia é ir aos saldos, por isso já estão a perceber...).
Adiante, que me estou a dispersar. Este é um texto de uma mulher (ou de um homem com elevado grau de sensibilidade e humor), para as mulheres... Porque vocês, homens, fazem xixi de pé, e não fazem puto de ideia do que isto é...
*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*
O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita. Finalmente instruía-te:
"Nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"
E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.
Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de“tou aqui tou-me a mijar!”. Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!).
Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados. Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.
Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa… Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!! Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de…
Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te“na posição”… AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço! Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça
*“Nunca te sentes numa sanita pública”*,
e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!! Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!
E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).
Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota! Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)….
Estás exausta! Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante!
Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso – e sais…
Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.
“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.
“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.
E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta, e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.
*Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas!
(e como não podia deixar de ser, no final deste texto/email diz:)
Passa isto aos desgraçados dos homens que sempre perguntam “querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho?” …. IDIOTAS!*
8 de junho de 2009
20 de maio de 2009
À Marta (e aos 28)
À minha amiga mais antiga: Não há palavras suficientes que te descrevam. Não há palavras que nos descrevam.
por todos os altos
por todos os baixos
por todas as gargalhas
por todas as lágrimas
pelas bebedeiras
pelas ressacas
por todos os dias
por todas as noites
por todos os sorrisos
por todas as lágrimas
por tudo
e por nada
pelos milhares de dias...
e porque todos eles valeram a pena.
porque tu estavas aqui.
Feliz Aniversário.
E porque a gravidade nos pesa.
E porque há dias em que nada nos descola do chão.
E porque és perita em lutar contra ela.
(e em tirar-nos dela)....
Just keep us where the light is.
De sempre, para sempre.
xjox
Gravity is working against me
And gravity wants to bring me down
Oh I'll never know what makes this man
With all the love that his heart can stand
Dream of ways to throw it all away
Oh Gravity is working against me
And gravity wants to bring me down
Oh twice as much aint twice as good
And can't sustain like a one half could
It's wanting more
That's gonna send me to my knees
Oh gravity, stay the hell away from me
And gravity has taken better men than me
(Now how can that be?)
Just keep me where the light is
Just keep me where the light is
Keep you all where the light is
Just keep us where the light is
Ohh.. where the light is!
J.M.
por todos os altos
por todos os baixos
por todas as gargalhas
por todas as lágrimas
pelas bebedeiras
pelas ressacas
por todos os dias
por todas as noites
por todos os sorrisos
por todas as lágrimas
por tudo
e por nada
pelos milhares de dias...
e porque todos eles valeram a pena.
porque tu estavas aqui.
Feliz Aniversário.
E porque a gravidade nos pesa.
E porque há dias em que nada nos descola do chão.
E porque és perita em lutar contra ela.
(e em tirar-nos dela)....
Just keep us where the light is.
De sempre, para sempre.
xjox
Gravity is working against me
And gravity wants to bring me down
Oh I'll never know what makes this man
With all the love that his heart can stand
Dream of ways to throw it all away
Oh Gravity is working against me
And gravity wants to bring me down
Oh twice as much aint twice as good
And can't sustain like a one half could
It's wanting more
That's gonna send me to my knees
Oh gravity, stay the hell away from me
And gravity has taken better men than me
(Now how can that be?)
Just keep me where the light is
Just keep me where the light is
Keep you all where the light is
Just keep us where the light is
Ohh.. where the light is!
J.M.
13 de maio de 2009
Se pensas que a escravatura acabou é porque não nos conheces....
Não só são completamente estúpidos, como
ainda se gabam disso... Vamos embora.
Na exploração é que está o caminho...
26 de abril de 2009
Mankind Is No Island
O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo. Começou há 17 anos em Sydney e no ano passado teve a sua primeira edição em NY. O Vencedor do ano passado foi este filme que foi totalmente filmado com um telemóvel. O seu orçamento foi de 40 dólares (cerca de 30 euros)!
E está qualquer coisa de extraordinário...
E está qualquer coisa de extraordinário...
28 de março de 2009
stuck
i don't expect you to understand this feeling.
to understand the pain of being stuck.
stuck in the pain
stuck within the soul
stuck in a body you don't recognize as your own.
my soul is bigger than this, it is bigger than me.
it is bigger than the body that restrains her.
i don't expect you to understand what is it to be
stuck in me.
to understand the pain of being stuck.
stuck in the pain
stuck within the soul
stuck in a body you don't recognize as your own.
my soul is bigger than this, it is bigger than me.
it is bigger than the body that restrains her.
i don't expect you to understand what is it to be
stuck in me.
17 de março de 2009
maria papoila
x
"Pode ser hoje... já andámos no fim do mundo à procura
delas, quando tudo o que queremos e precisamos está à
frente dos nossos olhos..."
"Pode ser hoje... já andámos no fim do mundo à procura
delas, quando tudo o que queremos e precisamos está à
frente dos nossos olhos..."
21 de janeiro de 2009
20 de janeiro de 2009
um dia...
xx
... perco a cabeça e danço no meio da rua.
... sento-me à chuva à espera que passe.
... escrevo uma árvore e planto um livro.
... passo a noite acordada a contar as estrelas.
... saio de casa descalça.
... rebolo na relva e não quero saber.
... procuro o fim do arco-íris.
... mergulho no mar numa noite sem luar.
xx
... perco a cabeça e danço no meio da rua.
... sento-me à chuva à espera que passe.
... escrevo uma árvore e planto um livro.
... passo a noite acordada a contar as estrelas.
... saio de casa descalça.
... rebolo na relva e não quero saber.
... procuro o fim do arco-íris.
... mergulho no mar numa noite sem luar.
xx
14 de janeiro de 2009
perguntem-me se sou feliz
agora sim, podem fazer-me essa pergunta. tenho 25 anos e sou uma mulher «completa e feliz», «parva e feliz...»
deixei de ser uma para passarmos a ser cinco
xx
xx
Em certas reencarnações, nós nos dividimos. Assim como os cristais e as estrelas, assim como células e as plantas, também nossas almas se dividem. A nossa alma se transforma em duas, estas novas almas se transformam em outras duas, e assim, em algumas gerações, estamos espalhados por boa parte da Terra. (…) Fazemos parte do que os alquimistas chamam de Anima Mundi (…). Na verdade, se a Anima Mundi fosse apenas se dividir, ela estaria crescendo, mas também ficando cada vez mais fraca. Por isso, assim como nos dividimos, também nos reencontramos.
(...) Em cada vida temos uma misteriosa obrigação de reencontrar pelo menos uma dessas Outras Partes. O Amor Maior, que as separou, fica contente com o Amor que as torna a unir. (…) Era possível conhecer a Outra Parte pelo brilho nos olhos – assim, desde o inicio dos tempos, as pessoas reconheciam seu verdadeiro amor. (…)
(...) Em cada vida temos uma misteriosa obrigação de reencontrar pelo menos uma dessas Outras Partes. O Amor Maior, que as separou, fica contente com o Amor que as torna a unir. (…) Era possível conhecer a Outra Parte pelo brilho nos olhos – assim, desde o inicio dos tempos, as pessoas reconheciam seu verdadeiro amor. (…)
Podemos encontrar três ou quatro Outras Partes, porque somos muitos, e estamos muito espalhados.
P.C.
xx
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vocês são a minha Outra Parte. i was lost, and then i found you.
P.C.
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vocês são a minha Outra Parte. i was lost, and then i found you.
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