31 de maio de 2011

Taínhas da vida

Então, estava a conversar com uns amigos que me diziam, deliciados, que tinham comido uma taínha óptima, panada, pescada ali para os lados da cova do vapor. Taííínha?!, guinchei eu, cheia de nojo e já a esverdear.

Desculpem, mas para mim um peixe que é conhecido por comer, literalmente, tudo... é peixe para, se fosse mulher, ser puta. Blheck!

30 de maio de 2011

Outros caminhos

    Que a vida é muito engraçada, já se sabe. Que é irónica, também. Que tem fases injustas que depois são altamente compensadas, igualmente. Mas o melhor da vida são, de facto, os caminhos que percorremos. E os caminhos que percorremos em paralelo com caminhos de outras pessoas, de outras vidas.

    Os caminhos da L. levaram-na, como a tantos outros, para o outro lado do Atlântico, já lá vai mais de um ano. E os nossos caminhos são paralelos, mas quando podem cruzam-se, e é tão bom. 
Nunca testemunhei o crescimento emocional de uma pessoa tão de perto e tão perfeito, como testemunhei o dela. E é de mulher, o caminho que ela percorre. E desta vez percebi que quando temos a energia certa, quando acreditamos no nosso caminho, e quando permitimos que ele se cruze com os de outras pessoas, a nossa vida fica mais rica, e a nossa caixa de sabedoria fica mais cheia.

    A ti, L., obrigada. 

27 de maio de 2011

Eu às vezes precipito-me

O que é uma grande chatice.

24 de maio de 2011

What goes around, comes around











Pela via do costume.

23 de maio de 2011

Ai sim?

O senhor Paulo Campos - PS - diz que o "Sócrates é fixe!".
É, é... É fixe à brava. (Leia-se, por favor, com enorme entoação de ironia e estupefacção com tamanha ridicularidade.)
     Entretanto há uns dias, e ainda a propósito do escândalo de Monsieur FMI (mas não só), li um texto de Ana Margarida Craveiro no Delito de Opinião que me fez pensar novamente na questão do feminino na sociedade actual. Do feminino não, da mulher. Eu digo outra vez: Mulher. 
     Ultimamente tenho-me deparado com situações que me fazem parar para pensar em que ano e em que século me encontro. Não que eu seja distraída a esse ponto, mas esta sociedade tem coisas para lá de sinistras, e a forma como a mulher ainda é vista, e frequentemente tratada, transporta-me para essa dúvida. Podia dizer que era coisa de homens, que são eles que ainda nos olham de determinada forma, e nos julgam de acordo com as suas próprias medidas, mas as mulheres são igualmente injustas para com as suas congéneres. Coisa que muito me espanta. 
     Espanta-me que uma juíza absolva um homem (um médico) de violação. Espanta-me que outra juíza olhe uma mulher nos olhos e lhe diga que, sendo casados, a violação não existiu; para essa senhora, casar é o contrato que permite a um homem ser abusador, e force a mulher à subserviência. E à humilhação. Em pleno século XXI (estamos, mesmo?), espanta-me que este tipo de situações passem em frente aos olhos de uma assistência mundial, que observa, passiva, a ignóbil monstruosidade generalizada. E a facilidade com que se olha para o lado, com que se esquece.

16 de maio de 2011

(ATENCÃO: futilidade) Mas e o que eu adoro a nova campanha da Lacoste?

Adoro? Amo.



... quem tem olho é rei

     Muito ocupada a organizar a minha vida e a curtir a melhor altura do ano. 
    Repito: a melhor altura do ano. Calor perfeito, mais um grau estraga. Praia perfeita a semana inteira, o que é óptimo para actualizar as leituras. Eu tenho um grave problema com as revistas e jornais que compro; não os consigo ler em casa. Consigo com algum sucesso lê-los em esplanadas. Mas onde eu realmente devoro o Expresso, a Sábado, e a Visão e ainda consigo mandar uns excelentes lámirés pela Vogue, pela Elle e pela Parq... é na praia. 
    Absorção profunda de factor 15, de vitamina d e de cultura. Actualização dos últimos acontecimentos. Fico a saber tudo o que se passa por esse mundo fora e por este mundo dentro. E depois juntam-se os gossips e pronto, numa semana sou um poço de conversa para esta próxima (e que se avizinha mais fresca, snif). 
    Fiquei então a saber que o big boss do FMI é mais um a adicionar à lista de PCGTs (Patifes Com Grandes Taras), que o PS está à frente nas sondagens (omg! wtf?!), e que os adolescentes têm vidas duplas. Os meus pais bem podem levantar as mãos para o céu e dar graças a Deus pelos seus dois rebentos, tão sogadinhos, tão pacíficos. Também fiquei a conhecer um bocadinho melhor a mulher de armas por trás da ModaLisboa (Parq). Digo desde já que quando for grande quero ser assim como ela, decidida e cheia de ideias e de opiniões. 
     E como sou uma miúda relativamente previsível acabei o Domingo no Out Jazz a ouvir Guida de Palma e a por a conversa em dia. Com meio mundo, que aquilo estava à pinha. Saí de lá eram quase nove da noite. (E esta é a ultima vez que abordo o tema Out Jazz que ninguém me paga para tanto. Mas que é bom, é. E que se está bem, está(-se tão bem!). E que transforma qualquer neura de Domingo, transforma. Queres ser feliz ao Domingo? Vai ao Out Jazz. Qualquer coisa assim.)


I know you may not want to see me
On your way down from the clouds
Would you hear me if I told you
That my heart is with you now

She's only happy in the sun
She's only happy in the sun

Did you find what you were after?
The pain and the laughter brought you to your knees
But if the sun sets you free, sets you free
You'll be free indeed, indeed



B.H.

8 de maio de 2011

the pursuit of happiness #3


Tenho sérias suspeitas que o Out Jazz foi das melhores iniciativas de sempre.

Não me apeteceu levar a máquina desta vez. A imagem é daqui.

5 de maio de 2011

LAGA


Andei às voltas pela Internet com o meu lado humano. Quer isto dizer que volta e meia, e através do Architecture for Humanity, acabo a explorar outros sites e marcas humanitárias. E dei com a Laga Handbags. 
A Laga é uma empresa americana de descendentes Indonésios, que, após o tsunami de 2004 sentiram que deviam fazer o máximo possível no sentido de ajudar a terra das suas origens, e, naturalmente, as pessoas que lá vivem e que precisavam de muitas mãos dispostas a ajudar. Assim nasceu a Laga, uma empresa de tão notável expansão como originalidade. 
Adorei as carteiras, os sacos, os acessórios. Não são todos os saldos bancários que permitem adquirir uma destas, mas são ligeiramente mais acessíveis que uma B&L ou uma LV. São feitas à mão (cada peça demora em média um dia a ser confeccionada), os padrões são fabulosos, e o seu valor reverte a favor das mulheres que as fabricam (recebem um ordenado médio e a Laga ainda se responsabiliza pelas rendas das casas das suas funcionárias). Como vêem, há males que vêm por bem, que é como quem diz, comprar uma destas não pesa na consciência da mesma maneira que outras compras menos... humanitárias, digamos assim.
Podem ver o site da Laga aqui.

4 de maio de 2011

THIS is what happens when I worry too much - a saga

Ora bem.
Depois de três conversas com pessoas totalmente distintas (mas todas muito importantes para a minha vida) em que o assunto foi comum - emigrar - dei por mim, às dez da noite, com: 

Creme de Alho Francês e Espinafres
Strogonoff com Salada de Cebola Frita
Salada de Manga
Bolo de Iogurte e Pêssego (ao quadrado - ou seja, dois)

Tenho que parar com isto. Ou então, mais vale investir num restaurante.
Não vou tirar fotografias desta vez, senão não tarda nada isto transforma-se num blog culinário.


3 de maio de 2011

Já agora...

Após o espectacular momento em que o nosso Prime, Eng. (?) José Sócrates, falou ao país (falou, falou, e pouco disse), estava aqui sentadinha a ver a Sic Notícias a dissecar as suas palavras, e eis que leio o seguinte em rodapé:

AJUDA A PORTUGAL
Primeiro-Ministro agradece empenhamento do Ministro das Finanças e de todo o Governo.

Ai sim?! Ai agradece? Nós também devíamos agradecer o empenhamento com que eles nos... empenharam?



Significado de Empenhar

v.t. Dar em penhor; hipotecar.
Impelir, obrigar.
Empregar ou aplicar com toda diligência.
Arriscar: empenhava a vida em jogo perigoso.
V.pr. Contrair dívidas demasiadas, dando penhor.
Ter empenho ou interesse no êxito de alguma coisa.
vi aqui. Mas podem consultar os dicionários que quiserem que não difere muito.

E esta é perfeita para os monstros que andam por aí...

2 de maio de 2011

THIS is what happens when I worry too much





Cozinho descontroladamente. E depois como. Descontroladamente, claro está.


1 de maio de 2011

A minha alma está parva

Com a parvoíce, estupidez, arrogância, imaturidade alheias. 
Honestamente? Olhem-me nos olhos e digam o que têm a dizer. Ou olhem-se ao espelho e tentem perceber o que é que se passa aí dentro.
A vida já é uma cambada de erros, de complicações, de lixa-aquele-que-eu-lixo-este, de tragédias e dramas incontornáveis. Se nos pomos a complicar, somos uns infelizes.

Pronto, e com este desabafo surge a primeira etiqueta deste blog. Eu andei a adiar, mas como disse uma blogger que para aí anda, é a vida que alimenta o blog, e neste momento a vida está a puxar-me para estes lados. Que fazer?
Ah, já sei. Manter-me na minha, continuar a perspectivar apenas o perspectivável e mandar psicologicamente à fava aqueles que por razões desconhecidas preferem contribuir pela negativa para o estado geral das coisas.

E nos intervalos, vou até ao OutJazz que é sempre muito bom para arejar a pevide. Hoje esteve chuvoso (munta midade) mas valeu a pena. Aconselho a todas as alminhas. Para a semana não sei quem lá pára, mas hoje os soulbizness puseram muita gente a dar ao pé debaixo de chuva. A mim, inclusivamente. My eyes turned to rainbows.

É o que acontece quando o Universo conspira a nosso favor

Mesmo quando parece o contrário.

Foi no primeiro jantar em casa da F., na passada terça-feira, que me apercebi disto. Andei com as coisas na cabeça até elas entrarem numa ordem muito própria; normalmente (e estranhamente) os fins-de-semana são acusadores dessa ordem.
A F. ia falando e ia contando os últimos acontecimentos com o homem por quem está apaixonada à três anos. Ela está apaixonada, ele é cobarde. No meio da cobardia dele, no entanto, algo mudou nos últimos tempos. E apesar de não ter conseguido partir o muro que ele ergueu à sua volta, a F. continua ali, na esperança que algo mude. Não mudou o que ela tanto queria que mudasse. Ainda não mudou, pelo menos. Mas uma fresta qualquer a F. conseguiu abrir. E dessa fresta resultaram palavras dele para ela que, estranhamente, fizeram todo o sentido para mim.
O Universo tem destas coisas; manda-nos mensagens pelos caminhos mais imprevistos.

Eu e a F. somos tão diferentes que a nossa amizade até é uma dádiva. E no entanto, será destas pequenas coisas que ela se alimenta. No facto de vermos uma ínfima parte do mundo com os mesmos olhos.
Estamos a caminhar para os trinta e as nossas histórias são tão diferentes que acabam do mesmo jeito. Continuamos a viver apaixonadas por aquilo que queremos. A nossa capacidade de amar um sonho e uma forma de estar na vida é imensa, e no entanto, apesar de continuarmos a lutar por isso, ainda não chegámos lá. Mas também não desistimos.

Por muito que me custe, caminhar pela vida desta forma parece-me ser a forma mais saudável de por cá andar. Continuo a amar a minha capacidade de amar. E não pretendo chegar ao ponto onde tenho visto tanta gente nos últimos tempos. Não pretendo fechar-me numa concha, não quero nem vou deixar o medo de sofrer contaminar a minha entrega. Não vou calcular todos os passos que der, nem vou racionalizar cada pensamento. Crescer e construir uma história significa acrescentar marcas no corpo e na alma, são testemunhos da minha vida e são memórias e lições que cá ficam. Mas não se irão tornar pedras com as quais construirei um muro à minha volta. Como disse Pessoa, "guardo todas, um dia vou construir um castelo". Só assim.
E a mensagem do J. para a F. chegou na altura certa para mim. Pode ser egoísta apropriar-me de palavras alheias desta forma, mas elas foram tão importantes que não consigo pensar de outra forma que não esta. Não existe nada melhor no mundo que estar apaixonada por uma coisa. Por um objectivo. Por um sonho. Por um querer. É essa paixão que me move. E mesmo que, por ela, hajam dias tristes, não faz mal. É muito melhor sentirmo-nos tristes, do que estarmos tão mortos por dentro que nem a tristeza lá tem lugar.