14 de abril de 2011

Hoje disseram-me que isto andava muito paradinho

Mas tenho andado sem grande inspiração. 

Só que............

Hoje foi a Abertura Oficial da Temporada dos Casamentos - yeyyyyy! 
No panic, não sou eu. (Ahhh!) 

Mas isto agora vai ser uma leva daquelas à séria. Só assim num repente, no próximo ano e meio avizinham-se três. T-rês! 
(ai valha-me Deus Nosso Senhor, a minha conta bancária, já de si tão pouco saudável, coitadinha - mas vale a pena. Vale a pena, é por muito boas e grandes causas)
Sim, sim, já sei que existem pessoas para andarem um Verão inteiro em casórios, género quinze no mesmo ano, mas para mim três, dado o estado em que andam as relações nos dias que correm, é um número para lá de bom.

O mais engraçado disto tudo é os sentimentos que isto provoca numa pessoa. (Pronto, lá vem ela chorar-se toda aqui para o blog! - Na, na, não é nada disso!) Quando falo em sentimentos provocados refiro-me à onda de afectos em relação a cada casamento. O nível de especialidade sentimental (isto diz-se?) de cada um.
Eu explico. Por exemplo, porquê hoje, de todos os dias que poderia ter sido, a abertura oficial? Porque hoje fui honrada com o convite para ser Madrinha daquele que é o mais especial de todos os casamentos já marcados. O casamento da M. vai ser evento para ser recordado por muitos e longos anos. Como diz alguém que eu conheço, vai ser ÉPICO. Vai ser aquele onde vou despender mais tempo (e mais lágrimas). Vai ser aquele que vai abanar os meus alicerces, rock my world, essas coisas todas. Vai ter tanto becs becs becs, tanto evento pré-boda, tanta emoção, tanto tudo... que desconfio que vai deixar uma grande sensação de vazio quando eles forem de lua-de-mel. Género "então e agora fazemos o quê?! Podemos ir com vocês?" É, dos três, o casamento número 1. O nível de especialidade sentimental é 10.

De seguida surge o da A. Que por graça do destino foi pedida em casamento vinte e quatro horas (mais hora menos hora) depois da M. Este grupo de miúdas é tão mítico, mas tão mítico, que daqui a uns anos é vê-las dar à luz com apenas algumas horas de diferença. A A. é, tal como a M. uma amiga de sempre. Daquelas que não nos lembramos do dia em que nos conhecemos porque nos conhecemos... desde sempre. Não temos sido muito próximas nos últimos anos, a A. e eu, mas gosto muito dela e é com enorme carinho que a vejo a seguir o seu percurso para a felicidade. Por isso o nível de especialidade sentimental deste casamento é 8. 
(os níveis de especialidade são só em números pares. Eu inventei isto, quem manda sou eu).
A mencionar que estes dois casamentos terão presentes, além do enorme grau mítico associado, amigos E família. A nossa família. Porque as nossas famílias misturaram-se e é fantástico. 

Entretanto, o casamento da N. A N. é uma colega de curso que se transformou numa amiga. E é daquelas amigas que posso estar meses sem ver, que quando nos encontramos é como se não nos vissemos desde ontem. O casamento dela previa-se à largos anos, dado que o casalinho é já um clássico. High School Sweethearts. É mesmo daquelas mariquices para nos por a chorar como madalenas. Não como o casamento da M., mas ainda assim, lágrimas. Graça graça, vai ser ver a N. de vestido de noiva. De tão despachada e prática que é, torna-se difícil de imaginar. O nível de especialidade sentimental aqui varia entre o 4 e o 6. Porque este é um evento onde misturo felicidade com uma grande camada de nervos. Confesso que é um casamento para eu dar por mim numa mesa ao estilo Tirem-me deste filme!, e estou ligeiramente preocupada e de sobrolho franzido com a situação.


Não sei porquê mas desconfio que quando for um amigo homem a casar-se a coisa não vai ser sentida da mesma forma. Esta emoção, este carinho que sinto quando olho para elas, todas radiosas e com um ar tão feliz, de anel no dedo, muito compenetradas a falar sobre isto. Com uma serenidade tão contagiante... É tão fácil sentir-me feliz por elas, é tão bom.
Todos sabemos que o mundo não é cor de rosa. Não é todos os dias que o sol é azul e que os passarinhos cantam. Ninguém aqui se ilude com isso. Mas olhar para elas é reconfortante. Porque têm confiança e força suficiente para acreditar no futuro. E para tentar. Numa altura de vida em que existem cada vez menos pessoas dispostas a partilhar, a entregarem-se, com coragem para dar um passo que é mais do que difícil, este tipo de acontecimentos são coisas para, no mínimo, me darem algo que às vezes dou por mim a perder; esperança. E isso é (como dizem os ingleses) priceless.

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