27 de novembro de 2010

cosy

Fui jantar a casa da M.
Estava extremamente bem disposta quando lá cheguei; esta história de saber que estou prestes a fechar o Mestrado está a trabalhar a favor de três coisas. Uma, estou completamente enérgica, mesmo high em adrenalina. Duas, estou super ansiosa e cheia de nervoso miudinho, o que me põe assim meio aos pulinhos pelo dia fora. Três, estou super feliz.
Por isso, foi neste estado de espírito que me pus ao caminho da casa da M. e do N., nesta sexta-feira fria e cheia de trânsito. E foi nesse estado espiríto que lá cheguei.
A I. e o T. já lá estavam, por isso, depois de tratar da baby, sentámo-nos os cinco a jantar. E estava-se mesmo bem.
Esta coisa de estar com casais tem a vantagem de que nos sentimos sempre assim no meio de um ninho quente e confortável. Entre pessoas que amamos, sem pressões, boas conversas. A desvantagem é que os casais costumam estar em sintonias semelhantes, o que resulta em dares por ti entre o olhar para as paredes e o desfolhar uma revista, enquanto eles arrulham como os pombos, dois a dois. São momentos breves, mas existem. E está tudo bem.
Até porque nestes momentos paralelos, dá para dispersar. E eu adoro dispersar. Sou mesmo boa nisso.
Entre o ter uma ligeira pontada de dor por não estar com alguém ao meu lado (com quem arrulhar), ou as saudades de estar num jantarinho destes, mas estar a dois, dei por mim a lançar um olhar diferente aquelas paredes que nos rodeiam.

Eu adoro a casa da M. É, de todas as casas que frequento, aquela que mais me recebe, a que mais me conforta.
Em casa da M. cheira sempre bem. Há sempre qualquer coisa a ser cozinhada, parece que cheira sempre a bolos. E é cheia de sons e presenças. E é quente. Não há um pingo de desconforto ali. É a casa mais lar que eu conheço, mais maternal. Como se fossemos parte da família. Ou da mobília.
E porque tenho andado num corropio a fechar os últimos detalhes do Mestrado e não tenho ido lá tanto como desejaria (apetece-me ir lá enfiar-me todos os dias), hoje, ao olhar à minha volta, percebi as saudades que tinha. E o bem que me faz aquela casa.

1 comentário:

Prata disse...

Meu Amor, esta cas é tb um bocadinho tua. Esta casa é o espaço fisico do meu coração, onde recebo e quer que se sintam assim como tu te sentes. Adoro ter vos aqui e nunca me canso de cozinhar tudo o que tu quiseres seja a que horas for.. para aqueles que Amo, felizmente és uma delas. E quanto ao arrulhar, tal qual pombos, podes sempre faze-lo comigo
ADORO TEEEEEE