Yule * Saturnalia * Natal
21.Dezembro.Hemisfério Norte
Escuridão e trevas, é a mais longa noite do ano. O Inverno estabelece-se. Entre os Antigos, este era o dia em que se implorava para que o Inverno fosse ameno, para que os seus rigores não invadissem as suas terras e as suas casas; pediam à Mãe Terra que estivesse do seu lado, até à chegada da Primavera.
O Solstício de Inverno, sendo o dia mais curto do ano, representa também o retorno da luz: o Sol renasce, os dias ficam mais longos.
Como outras datas importantes, também a celebração do Solstício de Inverno foi adoptada pela religião cristã, dando lugar ao Natal. Muitos dos rituais e símbolos natalícios têm origem nas antigas celebrações pagãs deste Solstício.
Porque só quem caminha com os nossos sapatos é que sabe. Porque não há nada melhor que caminhar descalça.
21 de dezembro de 2007
14 de dezembro de 2007
melancolia dos dias tristes
(e coisas que tais)
A verdadeira intromissão da melancolia
nos meus olhos e no meu ser
passa-se nos dias tristes
em que os meus olhos já se fecham
e o meu ser já chora.
Clara desnecessidade
a tua intromissão nestes dias,
nestes olhos,
neste ser;
permites que tudo me doa um pouco mais.
A ausência de ti já é penosa que chegue,
tens que te imiscuir assim?
A verdadeira intromissão da melancolia
nos meus olhos e no meu ser
passa-se nos dias tristes
em que os meus olhos já se fecham
e o meu ser já chora.
Clara desnecessidade
a tua intromissão nestes dias,
nestes olhos,
neste ser;
permites que tudo me doa um pouco mais.
A ausência de ti já é penosa que chegue,
tens que te imiscuir assim?
9 de dezembro de 2007
8 de dezembro de 2007
a magia do natal
(ou não, ou não)
se no natal a máxima é oferecer a quem mais gostamos, porque é que quando olho à minha volta vejo pessoas a darem a quem não gostam, só porque é-da-nossa-família, ou tem-que-ser-senão-parece-mal ?
mais...
se a ideia é que seja surpresa, porque é que assisto a telefonemas do género olá-o-que-é-que-precisas ou olá-o-que-é-que-queres-de-prenda-de-natal ?
qual é a graça ou o prazer que se tira disto?
1. gasta-se dinheiro a dar prendas a quem não gostamos.
quando o dinheirinho faz tanta falta e no fim chega-se a dia 26 sem aquilo que realmente queríamos e sem dinheiro para o comprar.
2. se é uma prenda, então assume-se que é surpresa.
daí a ideia do papel de embrulho, que concluo então ser um autêntico desperdício de papel e de árvores, uma vez que já nem está ali para o principal efeito.
3. no fim desta palhaçada toda, o natal, que deveria despertar em nós os bons sentimentos por aqueles que precisam e por todos aqueles que adoramos, desperta afinal stress (nas compras, com o shopping a abarrotar), mau feitio (ao vermos o ordenado e o subsídio a desaparecer ao segundo sem que consigamos gastá-los numa viagem, ou num qualquer objecto que realmente queiramos ou que nos faz realmente falta). e, o melhor de tudo, desperta-nos o cinismo e a raiva (porque realmente dar a quem não gostamos não nos poderia despertar outra coisa, e além disso, ao fim de cinco natais seguidos nisto, não somos felizes e temos uma ulcera no estômago).
no fim disto tudo, pergunto-me se isto só se passa à minha volta, ou se existe mais alguém por aí que também assista a isto (espero que sim, senão além de me sentir muito só, serei forçada a concluir que a minha família é ainda mais disfuncional que o que eu pensei - e isso faria muito mal, ao meu natal).
e agora vão-me desculpar, mas tenho compras para fazer...
se no natal a máxima é oferecer a quem mais gostamos, porque é que quando olho à minha volta vejo pessoas a darem a quem não gostam, só porque é-da-nossa-família, ou tem-que-ser-senão-parece-mal ?
mais...
se a ideia é que seja surpresa, porque é que assisto a telefonemas do género olá-o-que-é-que-precisas ou olá-o-que-é-que-queres-de-prenda-de-natal ?
qual é a graça ou o prazer que se tira disto?
1. gasta-se dinheiro a dar prendas a quem não gostamos.
quando o dinheirinho faz tanta falta e no fim chega-se a dia 26 sem aquilo que realmente queríamos e sem dinheiro para o comprar.
2. se é uma prenda, então assume-se que é surpresa.
daí a ideia do papel de embrulho, que concluo então ser um autêntico desperdício de papel e de árvores, uma vez que já nem está ali para o principal efeito.
3. no fim desta palhaçada toda, o natal, que deveria despertar em nós os bons sentimentos por aqueles que precisam e por todos aqueles que adoramos, desperta afinal stress (nas compras, com o shopping a abarrotar), mau feitio (ao vermos o ordenado e o subsídio a desaparecer ao segundo sem que consigamos gastá-los numa viagem, ou num qualquer objecto que realmente queiramos ou que nos faz realmente falta). e, o melhor de tudo, desperta-nos o cinismo e a raiva (porque realmente dar a quem não gostamos não nos poderia despertar outra coisa, e além disso, ao fim de cinco natais seguidos nisto, não somos felizes e temos uma ulcera no estômago).
no fim disto tudo, pergunto-me se isto só se passa à minha volta, ou se existe mais alguém por aí que também assista a isto (espero que sim, senão além de me sentir muito só, serei forçada a concluir que a minha família é ainda mais disfuncional que o que eu pensei - e isso faria muito mal, ao meu natal).
e agora vão-me desculpar, mas tenho compras para fazer...
2 de dezembro de 2007
4:?9
a.m.
Acordo no meio do nada, de coisa nenhuma.
A escuridão envolve-me e é quente.
Não tenho sonho.
E sinto a mente a viajar, a mil.
E sinto a mente a não parar.
Quero dormir,
mas a escuridão é minha amiga.
Já me habituei a ela,
já lhe distingo os contornos.
Quase que conseguia viver nela...
Acordo no meio do nada, de coisa nenhuma.
A escuridão envolve-me e é quente.
Não tenho sonho.
E sinto a mente a viajar, a mil.
E sinto a mente a não parar.
Quero dormir,
mas a escuridão é minha amiga.
Já me habituei a ela,
já lhe distingo os contornos.
Quase que conseguia viver nela...
19 de novembro de 2007
a definição perfeita
“…embora todos nasçamos com uma caixa de fósforos no nosso interior, não os podemos acender sozinhos, precisamos (…) de oxigénio e da ajuda de uma vela. Só que neste caso o oxigénio tem de vir, por exemplo, do hálito da pessoa amada; a vela pode ser qualquer tipo de alimento, música, carícia, palavra ou som que faça disparar o detonador e assim acender um dos fósforos. Por momentos sentir-nos-emos deslumbrados por uma intensa emoção. Dar-se-á no nosso interior um agradável calor que irá desaparecendo pouco a pouco conforme passa o tempo, até vir uma nova explosão que o reavive. Cada pessoa tem de descobrir quais são os seus detonadores para poder viver, pois a combustão que se dá quando um deles se acende é que alimenta a alma de energia. Por outras palavras, esta combustão é o seu alimento. Se uma pessoa não descobre a tempo quais são os seus próprios detonadores, a caixa de fósforos fica húmida e já nunca poderemos acender um único fósforo.
Se isso chegar a acontecer a alma foge do nosso corpo, caminha errante pelas trevas mais profundas procurando em vão encontrar alimento sozinha, não sabendo que só o corpo que deixou inerme, cheio de frio, é o único que poderia dar-lho.
(…)
É claro que também é preciso ter o cuidado de ir acendendo os fósforos um a um. Porque se por uma emoção muito forte se acendem todos de uma vez produz-se um brilho tão forte que ilumina para além do que podemos ver normalmente e então aparece aos nossos olhos um túnel esplendoroso que nos mostra o caminho que esquecemos no momento de nascer e que nos chama a reencontrar a nossa origem divina perdida. A alma deseja integrar-se de novo no sítio de onde vem, deixando o corpo inerte…”
Laura Esquivel
Se isso chegar a acontecer a alma foge do nosso corpo, caminha errante pelas trevas mais profundas procurando em vão encontrar alimento sozinha, não sabendo que só o corpo que deixou inerme, cheio de frio, é o único que poderia dar-lho.
(…)
É claro que também é preciso ter o cuidado de ir acendendo os fósforos um a um. Porque se por uma emoção muito forte se acendem todos de uma vez produz-se um brilho tão forte que ilumina para além do que podemos ver normalmente e então aparece aos nossos olhos um túnel esplendoroso que nos mostra o caminho que esquecemos no momento de nascer e que nos chama a reencontrar a nossa origem divina perdida. A alma deseja integrar-se de novo no sítio de onde vem, deixando o corpo inerte…”
Laura Esquivel
15 de novembro de 2007
Moleskine
a.k.a. o melhor amigo do pseudo intelectual
Não sei se ando mais atenta ou se, de facto, presenciamos um moleskine boom. Juro que onde quer que eu vá, para onde quer que eu olhe, pimba, lá esta ele a saltar de um bolso de casaco ou de uma pochete.
E isso irrita-me.
Vamos por partes. Eu sou slightly fashion victim. Slightly! Tenho um ponto de equilíbrio, que é mais ou menos o limite da conta bancária. Por isso tenho que me dividir entre umas Fly London e uma t-shirt da Bershka. O que me dá uma certa graça, diga-se. Por isso compreendo lindamente e aceito muito bem qualquer pessoa que compra não só o objecto, como a marca. Digam o que disserem, faz parte e todos nós fazemos isso. E não me venham com tangas porque se há pessoas para quem uma Donna Karan é crucial, há outras que não vivem sem umas Levi's coladas ao rabo, como há pessoas para quem uma mala vintage é quase uma questão de vida ou morte.
People things are people things.
Mas o moleskine não é bem assim. É caro, por isso é um caderno de marca. É a Levi's dos cadernos. Tem a graça do preto (o preto tem muita graça, e além disso, com o preto nunca me comprometo), e a graça das escalas (é o do ré mi fá sol em centímetros). Tem a versão pocket que é perfeita por caber em todo o lado mas também é perfeita porque o perdemos (esta foi uma private).
Até aqui, tudo bem. Comprem-no. Usem-no. If that's your thing.
Mas porque é que oitenta por cento das pessoas que o sacam do bolso do casaco ou da pochete, têm um claro ar de pseudo intelectuais? Vê-se que aspiram à coisa da intelectualidade. Querem forçosamente (e desesperadamente) ser confundidos com... há os que dizem assim num tom já ligeiramente esganiçado, sentados na mesa do café, "espera deixa-me apontar no meu moleskine senão esqueço-me", e pimba, saca do dito. Juro, isto tira-me do sério. Não sei porquê, mas tira. Tenho ganas de me virar para o pseudo em questão e dizer "conseguiste. já todos aqui sabemos que tens um recém-adquirido caderninho de marca".
Ora eu sou uma pessoa do contra. E isto está-me a deixar num estado complicado... Porque eu curto destes caderninhos. Mas com esta história do boom dei por mim a ser anti-moleskine. Eu que os adorava. Eu e o moleskine tínhamos uma história. Era o meu diário gráfico nos tempos do liceu (tive uma professora de desenho que gozou com uma colega de turma porque tinha um diário gráfico de capa rosa, de tal forma o moleskine estava instituido como diário gráfico - agora que penso nisso porque raio é que a miúda não podia ter um diário gráfico rosa?). Era o caderninho onde eu escrevia máximas e citações de livros e de filmes. Era a minha agenda.
Agora não é nada porque me irrito cada vez que os vejo. Seja no balcão da papelaria, seja a saltar de uma pochete, seja (e isto é de proporções astronómicas) quando salta do bolso de algum amigo meu! Porque se há coisa que os meus amigos não são, é pseudo intelectuais! Ou são intelectuais (como um ou dois) ou não são intelectuais nem aspiram a tal posto.
Por isto tudo eu peço. Guardem os vossos moleskines longe dos meus olhos. Pela vossa própria segurança. Só até esta coisa me passar....
Não sei se ando mais atenta ou se, de facto, presenciamos um moleskine boom. Juro que onde quer que eu vá, para onde quer que eu olhe, pimba, lá esta ele a saltar de um bolso de casaco ou de uma pochete.
E isso irrita-me.
Vamos por partes. Eu sou slightly fashion victim. Slightly! Tenho um ponto de equilíbrio, que é mais ou menos o limite da conta bancária. Por isso tenho que me dividir entre umas Fly London e uma t-shirt da Bershka. O que me dá uma certa graça, diga-se. Por isso compreendo lindamente e aceito muito bem qualquer pessoa que compra não só o objecto, como a marca. Digam o que disserem, faz parte e todos nós fazemos isso. E não me venham com tangas porque se há pessoas para quem uma Donna Karan é crucial, há outras que não vivem sem umas Levi's coladas ao rabo, como há pessoas para quem uma mala vintage é quase uma questão de vida ou morte.
People things are people things.
Mas o moleskine não é bem assim. É caro, por isso é um caderno de marca. É a Levi's dos cadernos. Tem a graça do preto (o preto tem muita graça, e além disso, com o preto nunca me comprometo), e a graça das escalas (é o do ré mi fá sol em centímetros). Tem a versão pocket que é perfeita por caber em todo o lado mas também é perfeita porque o perdemos (esta foi uma private).
Até aqui, tudo bem. Comprem-no. Usem-no. If that's your thing.
Mas porque é que oitenta por cento das pessoas que o sacam do bolso do casaco ou da pochete, têm um claro ar de pseudo intelectuais? Vê-se que aspiram à coisa da intelectualidade. Querem forçosamente (e desesperadamente) ser confundidos com... há os que dizem assim num tom já ligeiramente esganiçado, sentados na mesa do café, "espera deixa-me apontar no meu moleskine senão esqueço-me", e pimba, saca do dito. Juro, isto tira-me do sério. Não sei porquê, mas tira. Tenho ganas de me virar para o pseudo em questão e dizer "conseguiste. já todos aqui sabemos que tens um recém-adquirido caderninho de marca".
Ora eu sou uma pessoa do contra. E isto está-me a deixar num estado complicado... Porque eu curto destes caderninhos. Mas com esta história do boom dei por mim a ser anti-moleskine. Eu que os adorava. Eu e o moleskine tínhamos uma história. Era o meu diário gráfico nos tempos do liceu (tive uma professora de desenho que gozou com uma colega de turma porque tinha um diário gráfico de capa rosa, de tal forma o moleskine estava instituido como diário gráfico - agora que penso nisso porque raio é que a miúda não podia ter um diário gráfico rosa?). Era o caderninho onde eu escrevia máximas e citações de livros e de filmes. Era a minha agenda.
Agora não é nada porque me irrito cada vez que os vejo. Seja no balcão da papelaria, seja a saltar de uma pochete, seja (e isto é de proporções astronómicas) quando salta do bolso de algum amigo meu! Porque se há coisa que os meus amigos não são, é pseudo intelectuais! Ou são intelectuais (como um ou dois) ou não são intelectuais nem aspiram a tal posto.
Por isto tudo eu peço. Guardem os vossos moleskines longe dos meus olhos. Pela vossa própria segurança. Só até esta coisa me passar....
11 de novembro de 2007
Boa Noite
Acordei no meio da madrugada, quando as brumas pairavam sobre a cidade sem que ninguém desse por elas. Abri a janela, embrulhei-me numa manta e sentei-me no chão.
Frio. Frio.
Nesta hora tudo é limpo, tudo é sossego. O ar é fresco e sabe bem.
Acendo um cigarro, sinto o fumo invadir-me a alma, sinto-me aquecida.
Não sei do sono. Não sei dele...
Nesta hora que não é nada, não é de ninguém, de coisa nenhuma, sinto-me agradavelmente só. Apetece-me sair, explorar a solidão das ruas, todas minhas. Possuo o tempo, possuo o espaço, possuo a noite.
Sinto os seus (e o meus) demónios a passearem lá em baixo, não ouso espreitar para os ver. Desisto da ideia de sair.
Procuro no preto o branco da lua e não a vejo. É a companhia perfeita, mas numa noite de demónios a lua não tem lugar; a lua é das fadas, e esta noite elas não saíram à rua.
Quero fadas...
...
10 de novembro de 2007
9 de novembro de 2007
um copo de leite frio e uma fatia de bolo quente
(numa tarde de inverno)
Preciso de frio. Preciso de chuva, e vento, e nevoeiro e trovoadas. Quero um inverno a sério, legítimo e verdadeiro.
Quero acordar no Domingo, olhar para a janela e não ter vontade de sair da cama. Ficar lá até tarde, enroscada no calor dos lençóis. E depois acender a lareira, pôr o bolo de chocolate no forno, e sentar-me em frente ao fogo a ouvir os estalinhos da lenha enquanto sinto o cheiro do chocolate a invadir-me os sentidos.
Enroscar-me numa manta, com uma fatia de bolo no colo, um copo de leite frio (gelado) e um bom livro na mão. E perder horas naquilo. Um bocadinho de bolo quente, beber o leite, aquele contraste quente e frio (tão bom!) e mais uma página. E outra... E outra...
Acender um cigarro e perder-me no fogo. Deixar-me hipnotizar pelas chamas. A sala às escuras. A chuva lá fora...
Quero um copo de leite frio e uma fatia de bolo de chocolate. Numa tarde de inverno.
Preciso de frio. Preciso de chuva, e vento, e nevoeiro e trovoadas. Quero um inverno a sério, legítimo e verdadeiro.
Quero acordar no Domingo, olhar para a janela e não ter vontade de sair da cama. Ficar lá até tarde, enroscada no calor dos lençóis. E depois acender a lareira, pôr o bolo de chocolate no forno, e sentar-me em frente ao fogo a ouvir os estalinhos da lenha enquanto sinto o cheiro do chocolate a invadir-me os sentidos.
Enroscar-me numa manta, com uma fatia de bolo no colo, um copo de leite frio (gelado) e um bom livro na mão. E perder horas naquilo. Um bocadinho de bolo quente, beber o leite, aquele contraste quente e frio (tão bom!) e mais uma página. E outra... E outra...
Acender um cigarro e perder-me no fogo. Deixar-me hipnotizar pelas chamas. A sala às escuras. A chuva lá fora...
Quero um copo de leite frio e uma fatia de bolo de chocolate. Numa tarde de inverno.
7 de novembro de 2007
espaços em branco
Nada vejo. Nada sinto.
São espaços em branco, colunas de nada, corredores de vazio. É uma imensidão de oco, de inútil. É nada. É nada.
É o começo perfeito. A folha em branco, o caderno a estrear. É o inicio de tudo, onde nada acontece, porque nada existe, nada foi criado.
São espaços em branco, portas abertas para o infinito. É a perfeição sem o ser. É um cruzamento num caminho que não existe. São possibilidades infinitas. São o que são, sendo que não são nada.
Num mundo em que tudo se tenta explicar, é o inexplicável. É o zero.
São espaços em branco, memórias vazias. É o sonho perfeito.
São espaços em branco, colunas de nada, corredores de vazio. É uma imensidão de oco, de inútil. É nada. É nada.
É o começo perfeito. A folha em branco, o caderno a estrear. É o inicio de tudo, onde nada acontece, porque nada existe, nada foi criado.
São espaços em branco, portas abertas para o infinito. É a perfeição sem o ser. É um cruzamento num caminho que não existe. São possibilidades infinitas. São o que são, sendo que não são nada.
Num mundo em que tudo se tenta explicar, é o inexplicável. É o zero.
São espaços em branco, memórias vazias. É o sonho perfeito.
6 de novembro de 2007
4 de novembro de 2007
i carry your heart with me
i carry your heart with me (i carry it in
my heart) i am never without it (anywhere
i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)
i fear
no fate (for you are my fate, my sweet) i want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart (i carry it in my heart)
e. e. cummings
my heart) i am never without it (anywhere
i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)
i fear
no fate (for you are my fate, my sweet) i want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart (i carry it in my heart)
e. e. cummings
2 de novembro de 2007
Men in Trees
Passo a vida a ouvir as mulheres dizerem que "não há homens".
Agora já percebi porquê...
Agora já percebi porquê...
31 de outubro de 2007
You Call It Hallowe'en... We Call It Samhain
Samhain, o Último Dia do Calendário Celta
É a passagem do tempo, num ponto em que a roda completou o seu ciclo, em que o fim e o começo se interligam. Nesta data relembram-se com amor @s antepassados e as pessoas queridas que já não estão entre nós.
a.k.a. Dia de Todos os Santos * Festa dos Mortos * Halloween
Enquanto os Celtas comemoravam a passagem de mais um ano, os Cristãos, numa gigantesca tentativa de destruição não de uma religião, mas de todo um espírito, substituíram, no seu calendário, este dia mágico pelo Dia de Todos os Mortos, como eu mais gosto de lhe chamar.
Foi a forma mais eficaz de eliminar as crenças da religião da Deusa; proibindo a sua comemoração, e criando no seu lugar novas datas e, acima de tudo, novos mitos e difamações.
Assim nasceu o Dia das Bruxas. Sendo que Bruxas (e Magos) eram todos os seguidores da Antiga Fé. Perseguidos, marginalizados e queimados nas fogueiras, durante séculos viveram escondidos.
Hoje o meu dia não poderia ter sido mais ligado à Terra, às Raizes, aos Antepassados. Não podia ter sido um melhor Samhain. Serra da Estrela, 31 de Outubro de 2007.
Neste dia tão especial, mando um grande beijinho às bruxinhas da minha vida...
É a passagem do tempo, num ponto em que a roda completou o seu ciclo, em que o fim e o começo se interligam. Nesta data relembram-se com amor @s antepassados e as pessoas queridas que já não estão entre nós.
a.k.a. Dia de Todos os Santos * Festa dos Mortos * Halloween
Enquanto os Celtas comemoravam a passagem de mais um ano, os Cristãos, numa gigantesca tentativa de destruição não de uma religião, mas de todo um espírito, substituíram, no seu calendário, este dia mágico pelo Dia de Todos os Mortos, como eu mais gosto de lhe chamar.
Foi a forma mais eficaz de eliminar as crenças da religião da Deusa; proibindo a sua comemoração, e criando no seu lugar novas datas e, acima de tudo, novos mitos e difamações.
Assim nasceu o Dia das Bruxas. Sendo que Bruxas (e Magos) eram todos os seguidores da Antiga Fé. Perseguidos, marginalizados e queimados nas fogueiras, durante séculos viveram escondidos.
Hoje o meu dia não poderia ter sido mais ligado à Terra, às Raizes, aos Antepassados. Não podia ter sido um melhor Samhain. Serra da Estrela, 31 de Outubro de 2007.
Neste dia tão especial, mando um grande beijinho às bruxinhas da minha vida...
29 de outubro de 2007
não tinha papel por isso escrevi aqui
É muitas vezes isto que eu respondo, quando alguém me pergunta "O que é isto?", "Porque é que escreveste isto aqui?" ou então "Porra mas até aqui tinhas que escrever?".
"Isto" são pequenos apontamentos que tiro, coisas que escrevo, desabafos que rabisco, normalmente na agenda, mesmo por cima da marcação das 4, na contracapa do livro que leio (sim eu sou dessas, risco os meus livros, adoro livros riscados!), na factura da galp... e quem diz galp, diz agip, repsol, bp, cepsa, que eu cá não sou esquisita.
Por "isto" tudo , e porque parece que sou uma pessoa com muito para dizer ao mundo (mais não seja pelo "mas tu nunca te calas?" que ouço quite frequently...), pelos diários de viagens que prometo e nunca faço, por tudo aquilo que gostaria de dizer ao Sócrates, ao Bush, e a essa gente toda... por tudo isto e muito mais, pensei, agora é que é! É hoje que eu vou criar o meu blog!
Cá está. Não deve dar para um Nobel, mas pelo menos, que me alivie a alma...
"Isto" são pequenos apontamentos que tiro, coisas que escrevo, desabafos que rabisco, normalmente na agenda, mesmo por cima da marcação das 4, na contracapa do livro que leio (sim eu sou dessas, risco os meus livros, adoro livros riscados!), na factura da galp... e quem diz galp, diz agip, repsol, bp, cepsa, que eu cá não sou esquisita.
Por "isto" tudo , e porque parece que sou uma pessoa com muito para dizer ao mundo (mais não seja pelo "mas tu nunca te calas?" que ouço quite frequently...), pelos diários de viagens que prometo e nunca faço, por tudo aquilo que gostaria de dizer ao Sócrates, ao Bush, e a essa gente toda... por tudo isto e muito mais, pensei, agora é que é! É hoje que eu vou criar o meu blog!
Cá está. Não deve dar para um Nobel, mas pelo menos, que me alivie a alma...
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