Nada vejo. Nada sinto.
São espaços em branco, colunas de nada, corredores de vazio. É uma imensidão de oco, de inútil. É nada. É nada.
É o começo perfeito. A folha em branco, o caderno a estrear. É o inicio de tudo, onde nada acontece, porque nada existe, nada foi criado.
São espaços em branco, portas abertas para o infinito. É a perfeição sem o ser. É um cruzamento num caminho que não existe. São possibilidades infinitas. São o que são, sendo que não são nada.
Num mundo em que tudo se tenta explicar, é o inexplicável. É o zero.
São espaços em branco, memórias vazias. É o sonho perfeito.
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