O Primeiro Ministro de Portugal, Engenheiro José Sócrates, demitiu-se do seu cargo no dia 23 do presente mês.
Pronto. Já mencionei.
Porque só quem caminha com os nossos sapatos é que sabe. Porque não há nada melhor que caminhar descalça.
30 de março de 2011
29 de março de 2011
Nunca dei por mim tão pé ante pé. Tão assustadiça. Tão metida comigo própria, com medo que abram uma fresta nesta defesa que construí.
Tenho dificuldade em compreender se isto é que é ser adulta, ou se é pura cobardia. Olhar para o chão e ver onde é que vou pôr os pés. Proteger-me das pedras no caminho, evitar tudo o que me possa ferir.Nunca dei por mim tão consciente de mim mesma. Tão perfeitamente clara das minhas inseguranças e dos meus pontos fracos.
E não sei se tenho saudades da menina que abria os braços e se deixava ir de costas, com a segurança de que estava alguém atrás de mim que me segurava antes de bater no chão. Tão pouco consciente da minha própria exposição que ia em frente e levava tudo comigo, sem pensar duas vezes onde é que estava a ir.
Mas não quero ser a mulher amarga que não acredita em nada de bom e que sente que não merece o melhor que a vida tem para oferecer. Não quero deixar de viver, por ter medo de viver. Não quero perder, por ter medo de perder.
Vais pela vida procurando adquirir experiência, tentando não tropeçar em nenhuma pedra que te magoe; convencido de que a sabedoria da idade adulta te protegerá dos erros. E, de súbito, aparece, do nada, um sonho.
Angela Becerra
27 de março de 2011
Caríssima Bárbara Guimarães,
Portugal tem muito pouco talento. Vossa excelência há-de ter talento para muita coisa, mas a bem da verdade não será para aquilo que se viu nos primeiros três minutos do referido programa.
Tipo, posso dizer? Me-nos. Muito menos. A menina parecia mesmo um merengue encarnado com um surto psicótico.
Melhores cumprimentos.
25 de março de 2011
ufaaaaaaa!
Sou menina para ficar traumatizada com isto, a sério. Mas assim trauma para a vida.
A equação amigdalite + (otite x2) é coisa para um número assustador. Repito: assustador. Nem quando me tiraram os cisos, e isso foi um drama lá em casa que nem vos digo.
Agora isto... isto é coisa para qualquer pessoa se transformar num alucinado por saúde. Assim do género naturalista com psicose para orgânicos associado a vegetariano com tiques hipocondríacos. Do género não-fumo-não-bebo-não-nada. Qualquer pessoa, que não eu.
Porque no meio disto tudo tenho imenso stress e preciso de um cigarro! Preciso tanto! Oh queria tanto! O não dormir stressa-me. O não falar stressa-me (sim, foi de tal forma que perdi o pio). Mas acima de tudo, a dor alucinante stressa-me. Alucinante. Sim. Muita dor. Sim.
Um horror. Vejam lá que dei por mim a olhar para o frasco de acetona e a pensar "se a acetona ajudasse era menina para beber isto tudo". Attention! Já mencionei a febre? Pronto... houve delírio.
Isto tudo para dizer que o Fleming era um génio. Ainda estou para saber como é que se resolvia isto antes dele se esquecer das placas de microculturas (bla bla bla) e ir de férias. Não tenho uma dúvida que se morria disto. Não pesquisei sobre o tema, mas não tenho uma dúvida.
E just in case, amanhã levo uma segunda dose, para termos a certeza que tudo o que for bactéria aqui dentro morre. Morre, e morre duas vezes.
Mr. Fleming: no dia 11 de Março foi o 56º aniversário da sua morte. Confesso que a data me passou ao lado. Desconfio que todos os 11 de Março que se seguem, me lembrarei de sua excelência. Obrigadinha, sim?
24 de março de 2011
23 de março de 2011
Cara vizinha muito velha e muito surda
Caramba. Já não se aguenta o volume da televisão no máximo.
Como se ouvir o Goucha fosse um prazer. Se vê-lo já contribui para o aumento da depressão da população, ouvi-lo é coisa para dar ganas de cortar os pulsos. E como se ouvir as telenovelas da TVI fizessem bem a alguém. Mas pronto. Quem sou eu para opinar sobre conteúdos televisivos e gostos alheios.
Mas por favor. Por favor. Compre um aparelho auditivo. Ou dois.
E nem vale a pena começar a discursar sobre as questões inestéticas do mesmo. Eu sei que a senhora é uma lady. Eu vejo que transborda elegância. Mas convenhamos; nesta fase da vida isso só é relevante q.b. Não estamos propriamente à espera de chegar aos 90 e continuar a usar lentes de contacto, não é verdade?
Eu sou boazinha. A sério que sou. Mas começo a ter uma vontade súbita de ouvir punk rock às cinco da madrugada. Com o volume no número 10, qual Macaulay Culkin no video "Black or White".
Depois não diga que eu não avisei.
22 de março de 2011
Mais do que uma fotografia
Há momentos em que adorava partilhar cheiros.
Mais do que uma imagem, são perfeitos para alterar estados de espírito, para nos fazer sorrir.
Neste momento em que do lado de fora da minha janela chove, faz sol e há um micro arco-íris... o melhor deste cenário é mesmo o intenso aroma a terra molhada e a flores acabadas de refrescar.
Mais do que uma imagem, são perfeitos para alterar estados de espírito, para nos fazer sorrir.
Neste momento em que do lado de fora da minha janela chove, faz sol e há um micro arco-íris... o melhor deste cenário é mesmo o intenso aroma a terra molhada e a flores acabadas de refrescar.
Adorava poder pôr este cheiro num frasquinho e oferecê-lo a quem mais precisasse. Acho que era coisa para saber tão bem como um abracinho.
21 de março de 2011
É Primavera. E é o dia da Poesia
Eu semeei os meus sonhos no chão que
agora pisas;
pisa suavemente, porque estás a pisar
os meus sonhos.
No dia da Poesia não podia deixar de citar um dos meus autores preferidos, William B. Yeats. Este é um excerto traduzido do poema He Wishes For The Cloths of Heaven. Quando o li senti que havia ali mais do que um pedido; uma espécie de espaço em aberto para uma aproximação cuidada. No fundo, aquilo que todos queremos: Aproxima-te com cuidado, não me magoes, porque aí onde tu estás, já sou eu.
O poema na sua versão original pode ser lido aqui.
19 de março de 2011
18 de março de 2011
17 de março de 2011
Guava
Não, não estou a falar disto (apesar de ser delicioso):
imagem: http://www.blendcoberturas.com.br
Estou a falar disto:
imagem: guava
A Guava é o novo projecto de uma antiga colega da faculdade. É uma marca nacional, de uma designer nacional, com qualidade nacional. Disse nacional que chegue? Boa!
A Inês sabe que as portuguesas têm, cada vez mais, o fetiche por um bom par de sapatos. Eu tenho, anyway. E os Guava têm muita graça.
Dêem uma espreitadela ao site www.guava.pt. E se puderem, um pulinho ao novo showroom.
16 de março de 2011
Tenho mais uma dúvida (lamento, mas ando assim)
Vocês desculpem esta história de estar constantemente de dedo no ar.
Mas eu tenho muito tempo livre para pensar na vida e nas coisas no geral. Nomeadamente para ver as notícias e, naturalmente, deprimir um pouco mais. E, mesmo sabendo que a energia nuclear é a energia mais barata, de muito jeito para qualquer país, eu pergunto:
COMO É QUE É POSSÍVEL QUE PERMITAM A PAÍSES COM ACTIVIDADE SÍSMICA COMO O JAPÃO, A CONSTRUÇÃO DE CENTRAIS NUCLEARES?!
Oh-por-amor-de-Deus...
15 de março de 2011
Isto foi qualquer coisa de espectacular
Hoje o dia deu ares de aproximação à Primavera. Pensei cá para comigo "Finalmente!" e, às seis e meia da tarde, vesti o kit corrida, meti-me no Jomobile e segui para Belém. Ia toda feliz a cantar e a pensar que estava a regressar à recém-adquirida rotina das corridinhas ao fim da tarde.
Estava precisamente a passar em frente ao Museu da Electricidade quando bam!, começa a chover. Fiquei incrédula. Pensei "NOT HAPPENIIING!". Enfiei na cabeça a postura do pensamento positivo e continuei até ao Altis.
Quando lá cheguei, a chuva ainda lá estava.
Ok, J., pensei eu. Tens duas hipóteses: ou te armas em menina e deixas que a chuva te impeça de correr, ou és uma mulher à séria e sais do carro. E nesse momento, começou a diluviar.
Meti o rabinho entre as pernas e voltei para casa. Acho que está tudo dito.
No dia em que os combustíveis começam a escassear nas estações de serviço, foi de facto uma sensação espectacular sentir que só fui a Belém estoirar gasóleo.
14 de março de 2011
Parece que já estou a ver...
... tudo a desistir do ginásio e a fazer-se sócio do Clube de Golf da Belavista. Maravilha.
Posso sugerir ainda o Clube de Golf do Paço do Lumiar e da Quinta da Beloura.
13 de março de 2011
Em resumo...
1. A Manif
Lindo de se ver:
Tanta gente a manifestar-se. Eu não fui, mas não fiz falta.
Não tão bonito:
Os canais nacionais de televisão passaram a notícia daquela que terá sido uma das maiores (senão a maior) manifestações desde o 25 de Abril, para terceira e quarta posição no alinhamento dos telejornais. Espectacular. Assim é que é.
O Senhor Engenheiro nem piou. Bolas. Aposto que ainda havia em alguns a esperança de que ele fosse um tipo decente. E agora? Já perceberam?
2. A Meo
Cheguei este fim de semana a uma conclusão que (espero) outros já terão chegado antes de mim - sob pena de ser a única solteira à face da terra. A Meo devia ter uma assinatura mensal para solteiros. Tipo, mega descontos ao sábado à noite: alugue três, pague dois. Nós merecemos, a sério.
(e vá que já estou a fazer publicidade grátEs.)
3. Cinema
Porque a Meo não colabora comigo, lá me adiantei e vi o Tropa de Elite 2. O Wagner Moura é o maior actor brasileiro. É um dos melhores actores do mundo, a sério. Não chega o valor que já lhe dão, na minha opinião ele merecia mais. O filme está top, mas sem ele não tinha gracinha nenhuma. É o meu herói (a seguir ao meu pai, atenção).
4. TVI
A sério... Anjo Meu como novo título de novela psico-deprimente? A sério?!
Tipo... Anjo Mau - Anjo Meu. É que a primeira era tão má que NINGUÉM se conseguiu esquecer ainda. A vossa criatividade também está à rasca, não está?
5. O Facebook
Ai agora querem juntar um milhão de assinaturas no Facebook para demitir o Governo? Realmente, tenho é pena que não se tenham lembrado que queriam demitir o Governo nas eleições. Tinham ido votar numa alternativa. Mas não. Na altura ou votaram nele ou ficaram em casa.
5. O Facebook
Ai agora querem juntar um milhão de assinaturas no Facebook para demitir o Governo? Realmente, tenho é pena que não se tenham lembrado que queriam demitir o Governo nas eleições. Tinham ido votar numa alternativa. Mas não. Na altura ou votaram nele ou ficaram em casa.
12 de março de 2011
Novas medidas de austeridade
Ora bem. Confesso a minha ignorância no que respeita a determinados assuntos. Assuntos de estado e política, num mix com economia, são áreas que, de facto, escapam por vezes ao meu nível de interesse e entendimento.
Não é por mal... é porque realmente as coisas escapam-se-me do cérebro, como a areia se nos escapa por entre os dedos.
Por isso, assumindo a minha ignorância, eu venho aqui e pergunto: ando há tanto tempo a ouvir que o Governo se devia demitir, a ouvir que o Governo vai cair, a ouvir que o Governo anda surdo e cego e que por isso a sua legitimidade é igual a zero. Que o pack* um é mau, o quarto era imprevisível e é ainda pior.
Então... O que é que eles ainda lá estão a fazer?
Algum entendido neste assunto, por favor, que me esclareça.
* isto sou eu a brincar com o PEC
* isto sou eu a brincar com o PEC
11 de março de 2011
7 de março de 2011
6 de março de 2011
A maçã, a maçã
Ai que tudo quanto é acessório e paneleirice para o macbook é assim branquinho e clean, e transborda pensamento elitista de designer cromo-génio-nerd.
Mesmo espertos estes gajos. Aliciam-nos com aquele plástico fashion-made by Apple.
Sentimo-nos cool. Hip. Trendy. Top. Assim com um toque very avant garde.
Viram quanta gíria fashion-o-snob consegui escrever neste post?
A Apple faz isto a uma pessoa.
4 de março de 2011
O (meu) estado das coisas
Passei literalmente a semana a correr. A responder a anúncios, ir a entrevistas, a corrigir o portfolio, jogging, resolver problemas pendentes (e finais) na faculdade. A ajudar a minha mãe, dar uma mão ao meu avô, acompanhar o meu irmão...
Passei a semana inteira num corropio tal que chegava às onze da noite completamente estoirada e nada me fazia mais feliz do que a minha almofada.
E hoje parei. Hoje não tinha absolutamente nada para fazer, por isso parei. Dormi até tarde, vi um filme, relaxei. E ainda o dia não vai a meio.
Parar actualmente significa sentir um vazio e uma tristeza tão grandes, que a minha realidade bate-me de frente na cara e quase me dobro em duas com o impacto.
Continuo a ouvir repetidamente à minha volta, em todas as conversas e em todas as plataformas de comunicação, que o mundo vai mal, o país vai ainda pior. Que os valores do desemprego estão nos píncaros e que não há dinheiro para novos colaboradores. O pessimismo está de tal forma intricado que é uma massa palpável, dura e compacta. Não sei até que ponto não anda meio mundo a aproveitar-se do estado social e económico das coisas para justificar ausência de emprego remunerado. Não sei até quando isto se vai aguentar assim.
O que eu sei é que se não arranjo emprego depressa esta depressão que anda por aqui a rondar, à espera de uma fresta pequenina na minha armadura para se instalar, não chega mesmo de vez.
Não há nada pior que a ausência de uma vida, de uma rotina. Que saudades de me sentir viva, útil e produtiva. Que falta me faz o reconhecimento devido do meu valor e do meu esforço. A compensação real de tantos anos de investimento académico e curricular.
Como é que é possível que depois disto tudo, e ao fim de tantos anos, eu me veja no mesmo exacto sítio de à dois anos. E de à quatro. Parada no meio do nada, à espera de coisa nenhuma. Com a diferença que hoje, em vez de um diploma na mão... tenho dois.
2 de março de 2011
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