Porque só quem caminha com os nossos sapatos é que sabe. Porque não há nada melhor que caminhar descalça.
25 de junho de 2011
21 de junho de 2011
Solstício de Verão
É o dia mais comprido do ano. A noite mais pequena.
Um dos meus dias preferidos, de sempre.
Hoje ninguém me apanha em casa.
20 de junho de 2011
"O que as outras pessoas pensam de ti não te diz respeito."
Foi das coisas mais sábias que ouvi nos últimos tempos.
19 de junho de 2011
walkabout
Tenho andado a passear por outros trilhos. E parece que isto às vezes não é só uma questão de comprar uns sapatos novos; às vezes, optar pelo caminho menos óbvio, mais sinuoso ou esburacado, pode resultar na surpresa maravilhosa de se chegar a um sítio novo e lindo. O contrário também pode acontecer, mas tenho vindo a descobrir que isso é tendência para quando se anda numa linha de pensamento mais para o negativo.
Assim, com um sorriso de feliz (que ando), sobre umas plataformas de 15 centímetros (que adquiri e adoro), e por um caminho cheio de curvas (atrás das quais existe sempre uma boa surpresa, nem que seja uma papoila), vou caminhando pela nova vida que criei para mim.
10 de junho de 2011
Óia!
O Engenheiro José Sócrates vai um ano para Paris, estudar Filosofia.
Assim está bem. Enquanto o Ex Primeiro Ministro Islandês vai ser julgado por negligência, o nosso Ex vai curtir a vida parisiense, e diz que vai estudar.
Gostava de saber se o curso de Filosofia é do mesmo género do outro, o de Engenharia. Se for, peanuts Engenheiro...
8 de junho de 2011
Bronca pós eleitoral
A Eurodeputada Ana Gomes comparou o Doutor Paulo Portas ao alegadamente-porco-Strauss-Kahn. Acho um bocado grave. A bem da verdade, acho de uma bestialidade impressionante por parte da senhora fazer este tipo de acusações. Em qualquer altura do ano, mas principalmente no rescaldo das eleições. Soa a ressabianço.
E agora tudo pode acontecer...
Será que o Dr. Paulo Portas reage sob forma de um mega processo por difamação? Ou age numa de superior e a ignora? A senhora é pessoa para ficar puta da vida com a segunda hipótese.
E agora tudo pode acontecer...
Será que o Dr. Paulo Portas reage sob forma de um mega processo por difamação? Ou age numa de superior e a ignora? A senhora é pessoa para ficar puta da vida com a segunda hipótese.
5 de junho de 2011
Eleições III
Ai Peter Steps Rabbit, Peter Steps Rabbit...
Não sei do que tenho mais medo; se de ti, ou se por ti.
Não sei do que tenho mais medo; se de ti, ou se por ti.
Eleições I
A possibilidade de ter havido uma abstenção até aos 40% é coisa para me pôr os cabelos em pé. Fico impressionada com tamanha percentagem de imbecis.
Como é que poderemos alguma vez ser respeitados enquanto país, se quando chega o momento de lutarmos pelo direito a ele, quarenta por centro dos seus eleitores revelam tamanha bestialidade? A sério, mais valia invadirem-nos de vez.
1 de junho de 2011
Wish list
Tirei a tarde para, enquanto trabalhava, arejar e sentir o cheiro desta Lisboa tão boa e tão solarenga. Passei-a quase toda sentada no Quiosque da Catarina Portas, no Príncipe Real. Limonada no ponto (adoro não ter que pedir um pacote de açúcar extra), sombra das árvores do jardim e revistas de arquitectura. Tão bom!
O Príncipe Real tem uma energia que sempre me espanta. Aquela coisa de pensar, sempre que para lá vou (e vou muito) que adorava viver ali. Só pelas árvores. Aquelas árvores têm qualquer coisa, uma energia estável de quem ali está há muito tempo. Apetece enroscar-me nas raízes delas e esperar que me abracem e me deixem ali ficar a dormitar.
Deixei-me estar ali umas horas, permiti-me a mim própria divagar pelo meu caderno. E parei de vez em quando, respirei fundo, acendi um cigarro e fiquei a ver passar. Ver passar devia ser considerado um hobby; é das melhores coisas para se fazer. Recostar-se na cadeira, e observar através das lentes dos óculos de sol, as pessoas que por ali passam. E as que por ali param. Ouvir conversas soltas "... ela nunca chega a horas, passo-me com isso...", "Mãe, desculpa, esqueci-me de avisar que vou chegar mais tarde...". Coisas deste género. O miúdo que tira o gelado da mão do pai. O cão que salta para o dono para depois desatar a correr pelo jardim outra vez. As teenagers que se sentam no banco a partilhar os segredos escondidos no telemóvel. Tudo isto é perfeito, arejado pelo vento que passa pelas árvores e nos refresca, enquanto o trânsito se acumula na Politécnica.
Dali subi o jardim e fui espreitar o Secret Spot da Haagen-Dazs. Fica ali numa espécie de beco chamado Pátio do Tijolo, que é uma ruazeca que nos leva a um edifício fabuloso, o Palácio Braamcamp. A ideia está muito engraçada; comer um gelado com vista para o Tejo no jardim deste palácio. Como não é muito grande, torna-se muito cosy, e há uma mistura fantástica de pessoas, de todas as idades. A vista vale por tudo, mas como não podia deixar de ser, a minha atenção prendeu-se na fachada daquele Palácio. E na curiosidade do que estará por trás daquelas janelas.
Viver numa cidade como Lisboa pode ser, para pessoas como eu, ligeiramente sofrível. É uma cidade cheia de edifícios lindos, cheios de história e de valor. Cada rua, cada praça, possuem verdadeiros tesouros históricos. Custa-me imenso passar por eles e vê-los assim, pardacentos, silenciosos, tristes. Abandonados. E pudesse eu, que pagava para mudar isso.
Foi assim, sentada com o meu gelado e com os pés enterrados na relva fresquinha, em pura contemplação daquele palácio, que dei por mim a divagar e a compreender que existe uma lista relativamente generosa de desejos que, a serem concretizados, farão de mim (num futuro longínquo) uma velhinha bem feliz. E um deles seria a possibilidade de poder comprar edifícios como este palácio, reabilitá-los, para depois os vender, e deixar que fossem novamente vividos. Assim como uma mãe que cria os filhos para os dar ao Mundo. Sim. Era mesmo isto que eu gostava de fazer.
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