31 de março de 2010

o último dia de março

Acordou com o despertador. O toque sistemático interrompeu um sonho que a vai perseguir o resto do dia. A partir desse momento a tranquilidade que procura fica adiada para amanhã.

Vagueia pela casa com o peso na consciência do trabalho que a aguarda, silencioso, em cima da mesa. Acumulam-se folhas... os desenhos não conseguem trazê-la de volta.
À janela, o dia revela-se triste. Seria mais fácil deixar de sentir se o sol aparecesse para a lembrar de que existe vida fora das suas quatro paredes. Mas o dia é um espelho da alma, e o sonho cola-se à memória; fere.

Queria transformar a solidão numa coisa boa, mas continua a ter saudades de alguém que já não existe.